O fenômeno aconteceu no distrito Padre Vieira, no município de Viçosa do Ceará, 348 km de Fortaleza. De acordo com Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), o evento , pode ter sido provocado por rajadas de ventos de até 85 km/h. Segundo a Escala de Beaufort, que é usada na Meteorologia para medir a intensidade e danos dos ventos, o fenômeno deve ter atingido o grau 9, sendo interpretada como ventania forte e capaz de provocar danos em árvores e pequenas construções.
De acordo com explicação do supervisor da unidade de Tempo e Clima da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Raul Fritz, essas rajadas devem ter se originado de ventos descendentes das bases das nuvens que se formaram no local. Então, resultou de um fenômeno muito pontual produzido a partir de condições meteorológicas especiais que apareceram no local e no momento propício.
“A região serrana pode, pelo fator da orografia, facilitar o surgimento de um fenômeno como esse. Houve uma conjunção de fatores meteorológicos favoráveis (umidade do ar mais elevada, convergência de ventos e orografia) no local, que facilitaram a ocorrência da ventania e os danos observados”, afirmou Fritz.
A temporada dos ventos fortes no litoral do Ceará tem auge nos meses de agosto e setembro. Nestes meses, os ventos são ainda mais intensos, com médias de 14km/h e 16,3km/h, respectivamente. Depois disso, até dezembro, as médias ficam na casa dos 14km/h. No segundo semestre todo, o litoral do Ceará pode registrar rajadas de vento de até 60km/h.