Manifestações contra o presidente Michel Temer (PMDB), que pedem a renúncia do peemedebista e a convocação de eleições diretas, acontecem em pelo menos doze capitais brasileiras neste domingo. Convocados por movimentos sociais e centrais sindicais, os protestos saem às ruas em meio à crise política que atingiu o governo Temer desde a divulgação das delações premiadas de executivos da JBS.
São Paulo
Em São Paulo, os manifestantes se começaram a se concentrar em frente ao Masp, na Avenida Paulista, a partir das 15h. A maioria dos manifestantes usa uniformes e empunha bandeiras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central de Movimentos Populares (CMP).
Com as presenças do presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão, dos líderes do PT na Câmara e no Senado, Carlos Zarattini (SP) e Humberto Costa (PE), além dos deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), Ivan Valente (PSOL-SP) e do vereador Eduardo Suplicy (PT), o ato começou às 16h.
Por volta das 17h, com a chuva que cai em São Paulo neste domingo, no entanto, os líderes dos movimentos pediram aos oradores que abreviassem seus discursos, para antecipar o fim da manifestação. Segundo os organizadores do ato, as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, 20.000 pessoas compareceram.
Rio de Janeiro
Um grupo com pelo menos 150 manifestantes começou um ato às 15h30 contra o presidente Michel Temer em São Conrado, na zona sul do Rio. Eles se concentraram na estação de metrô da Rocinha e foram em passeata até o prédio do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que fica a cerca de 500 metros do local. O parlamentar é o próximo na linha de sucessão de Temer.
Ao chegarem em frente ao prédio onde mora o presidente da Câmara, os militantes serviram feijoada, uma ironia ao prato oferecido por Michel Temer a aliados em almoço no Palácio da Alvorada, após seu pronunciamento, ontem.
Os manifestantes carregam bandeiras de partidos de esquerda, como PSOL e PCB, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), além de faixas de movimentos sociais. Aos gritos de “Fora Temer”, o grupo pede por Diretas Já.
Belo Horizonte
Em Belo Horizonte, os manifestantes se concentraram na Praça da Liberdade, na região central, a partir das 9h, e caminharam até a Praça Sete de Setembro.
Além do pedido por eleições diretas e palavras de ordem contra Michel Temer, o ato comemorou o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato e as prisões da irmã do tucano, Andréa Neves, e do primo dele, Frederico Pacheco de Medeiros. Os delatores da JBS revelaram que Aécio pediu a eles 2 milhões de reais para pagar os honorários de um advogado.
Segundo os organizadores do protesto na capital mineira, centrais sindicais e movimentos sociais, o ato reuniu 50.000 pessoas.
Outras capitais
Os protestos em Brasília, Recife, Salvador, Belém, Manaus, Cuiabá, Campo Grande, Goiânia e Curitiba, também convocados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, reuniram cerca de 300 pessoas cada, de acordo com os organizadores dos atos.
(com Estadão Conteúdo)
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