O nome do Senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) tem tomado corpo para assumir a cadeira da Presidência da República, em eleição indireta, caso Michel Temer caia.
O tucano cearense e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foram elogiados pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como políticos competentes e experientes para assumirem o cargo.
Por essa declaração, feita após um encontro entre Tasso, Alckmin, FHC e João Doria em São Paulo, o mundo político – leia-se PMDB, DEM e PSD – veio abaixo. A ciumeira tomou conta dos bastidores políticos.
Segundo a Folha de S. Paulo deste sábado (27), para um líder do PSD, “o encontro na quinta (25) soou como uma ‘reunião de notáveis para ditar regras’, e o partido queixou-se com FHC”.
O jornal ainda relatou que a reação do PMDB ocorreu na bancada da Câmara. “Dois deputados, que pediram reserva porque ainda apoiam formalmente Temer, afirmam que o PSDB não tem voto para querer indicar a ordem dos fatores. E ressaltaram que, na Câmara, o favorito hoje seria o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ)”.
Entenda
Números levantados pela Folha mostram que os tucanos somam apenas 46 dos 594 possíveis eleitores, numa escolha indireta, levando em conta os 81 senadores e 513 deputados federais. “Tasso só tem apoio fechado no Senado, que concentra 13,6% dos votos no Colégio. O baixo clero, designação suprapartidária para parlamentares sem maior expressão, tem entre 60% e 70% dos votos na Câmara, e hoje seguiriam a indicação de Maia”.
Depois da crise de ciúmes, FHC, segundo o jornal, passou a sexta-feira (26) “apagando incêndios em reuniões e telefonemas, e a ordem no PSDB é silêncio sobre as articulações”.
O PT, partido com 58 deputados, de acordo com a Folha, tende a só participar do processo indireto apoiando um nome simbólico de oposição se o candidato “para ganhar” for o ex-ministro Nelson Jobim.
Itens relacionados:
POLITICA