Mais dois açudes do Ceará atingiram a capacidade máxima. O Gameleira, localizado em Itapipoca, distante 130 quilômetros de Fortaleza, chegou ao 100% após cerca de 1 ano. Já o Tijuquinha, que já havia sangrado neste ano, voltou a sangrar. Com os novos aportes, o Estado conta com 10 mananciais sangrando.
Construindo em 2013, o açude é responsável por abastecer a “cidade dos três climas” e outras vizinhas. Além do Gameleira, Itapipoca pode ter outro reservatório com capacidade máxima nos próximos dias. É que o Quandú, que vem recebendo aporte hídrico nas últimas semanas, já está com 98% de sua capacidade máxima, conforme aponta o Portal Hidrológico do Ceará, administrado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).
Desde o começo do ano, a cidade vem recebendo bons volumes de chuva, o que tem contribuído para o armazenamento de água nos seus mananciais. De janeiro a março de 2017, Itapipoca registrou precipitações acima da média histórica, conforme dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
O Tijuquinha, situado em Baturité, sangrou no dia 15 de março, porém teve seu volume reduzido de forma abrupta cerca de uma semana depois. De acordo com a Cogerh, a redução foi necessária para realizar o desassoreamento do manancial, que é, basicamente, a eliminação de detritos como argila acumulada. Como o açude costuma sangrar anualmente, a Companhia decidiu pela liberação do volume.
Situação hídrica
No ano de 2017 já foi registrado um aporte total de 1.057 milhões m³. Nesta terça, o aporte foi 7,66 milhões m³, segundo a Cogerh. Os açudes destaques que tiveram recarga foram: Castanhão, Gameleira, General Sampaio, Itapebussu e Arneiroz II. No total 66 açudes registraram aporte.
Juntos, os 153 açudes monitorados pela Companhia apresentam volume de 2,18 bilhões, o que representa 11,69% do total. Além do Tijuquinha e Gameleira, os reservatórios que estão sangrando atualmente são: Acaraú Mirim, da bacia do Acaraú, Caldeirões, da bacia do Alto Jaguaribe, Cahuipe, Maranguapinho e Itapebussu, da Metropolitana, Itaúna, em Coreaú, São Pedro Timbaúba, no Litoral, e Valério, da bacia do Alto Jaguaribe.