A crise hídrica existente em decorrência dos últimos cinco anos com invernos abaixo da média, a deficiência do abastecimento das comunidades rurais e a ingerência dos programas emergenciais de abastecimento de água proposto pelo Governo do estado, foram os principais temas abordados pelos vereadores de Morada Nova, durante a segunda sessão ordinária da Câmara Municipal, na manhã da sexta-feira 12 de agosto, sob a presidência do vereador José Everardo Maia.
Convidado a fazer uso da tribuna, o vereador Jorge Brito afirmou que a população cobra uma solução para a situação que se agrava um pouco mais a cada dia, e que quase nada é feito para amenizar o problema que hoje maltrata milhares de pessoas na cidade.
O vereador também observou que assim como o governo é negligente no que se refere ao abastecimento da população, é igualmente negligente nas áreas de saúde, educação e segurança pública. Por fim, o edil cobrou da mesa diretora da Câmara que agendasse com o governador Camilo Santana, uma data para que fosse recebida uma comissão de vereadores de Morada Nova.
O vereador Cláudio Roberto Chaves da Silva (Cláudio Maroca) iniciou suas palavras reclamando da Adutora do Assentamento Amazonas, Cipó e outras comunidades, que está por ser concluída, faltando a construção de mais dois reservatórios elevados (caixas d’águas), onde possibilitará a chegada da água à centenas de pessoas que ainda sofrem com o desabastecimento. Para ele, a situação só não é pior porque as cisternas doadas pelo governo federal, acumularam água das chuvas caídas, que estão sendo usadas para beber e cozinhar.
O vereador José Osimar Nogueira (Zé Cotó), frisou que o município de Morada Nova só não está em estado de calamidade graças a Adutora que o SAAE construiu, levando água do Castanhão para abastecer a sede e periferia do município. Depois de ser aparteado pelos colegas Everardo Maia, Marcos Viana e Jorge Brito, Zé observou que bebem água os corujas, caborés, corrupiões e canários, para dizer que não se pode fazer política com a sede do povo.
O vereador Hilmar Sérgio Pinto da Cunha, falou que o Comitê de Bacias dos Vales do Jaguaribe e Banabuiú decidiram liberar uma onda de água do açude Orós o que aconteceu na quinta-feira 4 de agosto, e que a mesma terá duração de 10 dias. Essa ação busca elevar o lençol freático e abastecer dezenas de comunidades ribeirinhas do Vale do Jaguaribe. Segundo o vereador, as informações são de que a água existente no Orós é bem maior do que a contabilizada, e deve abastecer as comunidades no novo modelo emergencial de abastecimento até setembro de 2017.
Fonte: Tv Jaguar / Arnaldo Freitas
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