Como as investigações continuam e têm andamento com as oitivas dos suspeitos que foram detidos, a polícia informou que a operação segue em “segredo de justiça”. No entanto, Kelly Cristina Cesar de Andrade admitiu a possibilidade de que outros jogos disputados no Nordeste tenham sido manipulados. “Os campeonatos das regiões Norte e Nordeste ainda estamos apurando para pontuar para vocês numa segunda fase (da operação)”, disse. “Essa operação corresponde a uma primeira fase, para que nós pudêssemos deter os indivíduos, ouví-los, conseguirmos mais provas e desencadearmos uma segunda fase pra saber a extensão de atuação dessa quadrilha, mas nós não podemos fechar nenhuma porta”, explicou.
O site GloboEsporte.com teve acesso a relatórios sigilosos que serviram de base para as investigações da Polícia Civil. Seis jogos teriam seus placares manipulados, de acordo com o documento emitido por empresas especializadas em monitoramento das casas de apostas. Entre eles, a partida Itapipoca 4×0 Icasa, disputada no dia 25 de março, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, pelo Quadrangular de Rebaixamento do Campeonato Cearense. O relatório atesta que houve um grande volume de dinheiro apostando que o Itapipoca faria mais gols, sem sofrer nenhum. O jogo já estava 3 a 0 e, segundo o executivo da companhia que gerou o documento, “o quarto gol foi defendido de forma pobre”.
A operação teve início em março deste ano, mas as denúncias apontadas pelo Ministério Público contém jogos mais antigos. A Polícia Civil prefere não confirmar os jogos sob suspeita, mas alerta. “Como foi dito, esse inquérito ainda corre em segredo de justiça, então alguns detalhes a gente não pode passar para não atrapalhar as investigações, mas como eu disse nada se descarta”, encerrou Kelly Cristina Cesar de Andrade.
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