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Veja as respostas dos citados na delação premiada de Sérgio Machado


Em delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado citou mais de 20 políticos que, segundo ele, receberam propina desviada do esquema de corrupção na Petrobras. O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, retirou o sigilo do documento. Veja a íntegra das respostas dos citados.
MICHEL TEMER
Nota à imprensa
Em toda sua vida pública, o presidente em exercício Michel Temer sempre respeitou estritamente os limites legais para buscar recursos para campanhas eleitorais. Jamais permitiu arrecadação fora dos ditames da lei, seja para si, para o partido e, muito menos, para outros candidatos que, eventualmente, apoiou em disputas. É absolutamente inverídica a versão de que teria solicitado recursos ilícitos ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado - pessoa com quem mantinha relacionamento apenas formal e sem nenhuma proximidade.
RENAN CALHEIROS
O senador Renan Calheiros reafirma que jamais recebeu recursos de caixa dois ou vantagens de quem quer que seja. Todas as doações de campanhas eleitorais ocorreram na forma da Lei, com as prestações de contas aprovadas pela Justiça.
O senador não conhece Felipe Parente e nenhum dos filhos de Sérgio Machado.  Mesmo se tratando de denúncia em que o depoente afirma ter “subentendido”, o senador está à disposição, uma vez que já prestou dois depoimentos e fará quantos outros forem necessários.
O senador Renan Calheiros jamais credenciou, autorizou ou consentiu que terceiras pessoas falassem em seu nome em qualquer circunstância. Por fim, o senador afirma que não indicou o delator Machado para Transpetro, como afirmou o próprio Sérgio Machado.
AÉCIO NEVES
Nota do senador Aécio Neves sobre citações feitas em delação de Sérgio Machado.
São acusações falsas e covardes de quem, no afã de apagar seus crimes e conquistar os benefícios de uma delação premiada, não hesita em mentir e caluniar. Qualquer pessoa que acompanha a cena política brasileira sabe que, em 1998, sequer se cogitava a minha candidatura à presidência da Câmara dos Deputados, o que só ocorreu muito depois. Essa eleição foi amplamente acompanhada pela imprensa e se deu exclusivamente a partir de um entendimento político no qual o PSDB apoiaria o candidato do PMDB à presidência do Senado e o PMDB apoiaria o candidato do PSDB à presidência da Câmara dos Deputados. A afirmação feita não possui sequer sustentação nos fatos políticos ocorridos à época.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
O presidente Fernando Henrique desconhece os assuntos mencionados na delação de Sérgio Machado.
VALDIR RAUPP
O senador Valdir Raupp repudia com veemência as ilações do sr. Sérgio Machado, na sua delação, e afirma que nunca solicitou ao delator doações para campanhas eleitorais.
Portanto, são mentirosas e descabidas as citações feitas ao seu nome.
IDELI SALVATTI
Em relação às acusações de Sérgio Machado, a ex-ministra Ideli Salvatti tem o seguinte posicionamento:
Ideli não faz declarações a respeito de delações de réus confessos sem ter acesso ao texto. Até porque na delação de um outro réu, ficou demonstrada de forma inequívoca que ele mentiu e assinou embaixo.
A ex-ministra afirma que as doações à sua campanha eleitoral ao governo de Santa Catarina em 2010 foram declaradas e aprovadas pelos órgãos competentes, e que sua conduta pública é regida pelos princípios da ética, moral e legalidade.
JANDIRA FEGHALI
Sobre o conteúdo do depoimento do sr. Sérgio Machado, amplamente divulgado hoje, informo que:
1. Nunca neguei que estive em algumas ocasiões com o então presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Foram encontros públicos, reuniões do setor da indústria naval, inaugurações, episódios vinculados aos mais de 30 anos de luta em apoio e soerguimento do setor naval e defesa de seus trabalhadores;
2. Todas as doações recebidas em minhas campanhas eleitorais foram lícitas, registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral;
3. Nunca conheci ou participei de qualquer conduta, ou esquema criminoso envolvendo a Transpetro e jamais aceitaria doações se pudesse supor serem de origem ilícita;
4. Repudio a tentativa de criminalizar as doações feitas segundo as leis à época vigentes, portanto legais e públicas e qualquer tentativa de vincular meu nome ao recebimento de propina;
5. O autor de tais afirmações será criminalmente processado por calúnia e difamação;
6. Se Sérgio Machado reconhece e participou de esquema de corrupção que o beneficiou, que responda por seus atos.
JOSÉ AGRIPINO MAIA
Apesar de desconhecer o inteiro teor da delação do ex-senador Sérgio Machado, a quem conheço e com quem convivi no período em que fomos senadores, devo esclarecer o seguinte:
1- As doações que, como presidente de Partido tenho a obrigação de buscar, obedecendo à legislação vigente, foram obtidas sem intermediação de terceiros, mediante solicitações feitas diretamente aos dirigentes das empresas doadoras.
2- Presidente de Partido de oposição que sou, não teria nenhuma contrapartida a oferecer a qualquer empresa que se dispusesse a fazer doação em troca de favores de governo.
3- As doações recebidas - todas de origem lícita - foram objeto de prestação de contas, devidamente aprovadas pela Justiça Eleitoral.
ROMERO JUCÁ, EDISON LOBÃO e JOSÉ SARNEY
O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende Romero Jucá, Edison Lobão e José Sarney, afirmou que os clientes negam ter recebido qualquer dinheiro e que eles não faziam parte de nenhum grupo que fizesse esse tipo de contato com Sérgio Machado. Kakay disse ainda que a delação de Sérgio Machado tem que ser analisada com ressalvas porque ela foi feita "nitidamente para librar os filhos de Machado da prisão".
FRANCISCO DORNELLES
Em relação à delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado a assessoria de comunicação esclarece:
O vice-governador Francisco Dornelles não disputou eleições em 2008, 2010 e 2012. Todas as doações relativas a eleições que disputou foram informadas e aprovadas pelos tribunais competentes.
JORGE BITTAR
A propósito das notícias veiculadas sobre a delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em que cita meu nome, venho a público esclarecer o seguinte:
1. Nunca tive qualquer contato ou reunião com o sr. Sérgio Machado com o objetivo de solicitar recursos para minha campanha eleitoral.
2. Todas as doações recebidas por minhas campanhas eleitorais foram feitas de forma legal e devidamente registradas junto à Justiça Eleitoral
HERÁCLITO FORTES
O deputado Heráclito Fortes soube da notícia da citação do seu nome na delação do sr. Sérgio Machado, no Panamá, onde se encontra em missão pela Câmara. Mas ele já retorna hoje para Brasília e nesta quinta-feira (16) falará sobre o assunto.
HENRIQUE EDUARDO ALVES
01. Henrique Eduardo Alves repudia a irresponsabilidade e leviandade das declarações do senhor Sérgio Machado.
02. Todas as doações para as campanhas de Henrique Eduardo Alves foram oficiais, as prestações de contas foram aprovadas e estão disponíveis no Tribunal Superior Eleitoral, como determina a lei.
03. As relações dele com políticos, funcionários públicos e empresários são pautadas pela ética e respeito institucional do cargo público ocupado. Nunca pediu qualquer doação ilícita para empresário ou quem quer que seja.
04. Nas eleições de 2008 e 2012, como presidente de partido, eventuais pedidos de doações foram para as campanhas municipais, obedecendo a lei vigente, sempre com registro na Justiça Eleitoral.
05. Está à disposição da Justiça, confiante que as ilações envolvendo o seu nome serão prontamente esclarecidas. Acredita nas instituições do nosso Estado Democrático de Direito.
LUIZ SÉRGIO
O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) afirmou que todo o dinheiro utilizado em sua campanha foi declarado à Justiça Eleitoral. “A regra hoje é financiamento privado de campanha, o que se recebe das empresas como doação é declarado. Eu fiz o que a legislação permite. A declaração à Justiça é uma demonstração clara de boa-fé, quem pratica corrupção não declara doação”, afirmou.
JADER BARBALHO
Por telefone, o senador Jader Barbalho disse desconhecer o que Sérgio Machado fala e afirmou que "não sendo especialista em estrume, se recusa a falar qualquer coisa a respeito deste criminoso".
FELIPE MAIA
Todas as doações recebidas na minha campanha foram devidamente contabilizadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Em 2014, as doações recebidas de empresas privadas, dentro do que regia a legislação vigente, foram arrecadadas pelo Diretório Nacional do meu partido e sem intermediários. Por isso, fui surpreendido com a citação do meu nome na delação do ex-senador Sérgio Machado. Afinal, como parlamentar de oposição há 10 anos, jamais teria como condicionar doação à troca de favores de governo.
Deputado Federal Felipe Maia (DEM-RN)
PSDB
O PSDB repudia as falsas acusações feitas pelo delator Sérgio Machado, envolvendo lideranças do partido. As mentiras ditas e que fazem referência a nomes do PSDB na articulação e recebimento de recursos de caixa 2, na campanha eleitoral de 1998, são afirmações feitas no desespero de quem está tentando se livrar da responsabilidade pelos crimes que cometeu.
São afirmações descabidas e contraditórias, que não guardam qualquer relação com os fatos políticos da época.
Delações premiadas são uma conquista da sociedade e não podem se transformar em acusações sem provas, em instrumento de manipulação da verdade e em esconderijo de interesses inconfessáveis de criminosos.
O PSDB confia que as investigações revelarão a verdade dos fatos, assim como os interesses dos que se escondem por trás das calúnias.
GARIBALDI ALVES FILHO e WALTER ALVES
Nota de esclarecimento das assessorias de imprensa do senador Garibaldi Alves Filho e do deputado Walter Alves.
Com relação ao conteúdo de notícias divulgadas hoje sobre a delação negociada pelo ex-senador Sérgio Machado, esclarecemos que o próprio delator – quando cita o senador Garibaldi Alves Filho e o deputado federal Walter Alves – ressalta que as doações feitas a eles foram oficiais e sem nenhuma troca de favor, benesse ou vantagem de qualquer natureza.
A Lei 9.504 e as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral previam esse tipo de arrecadação nas campanhas eleitorais, inclusive fixavam percentuais para pessoas físicas e jurídicas.
EDSON SANTOS 
O ex-deputado e ex-ministro Edson Santos, do PT, afirmou que é "absurda" a acusação de Machado de que ele recebeu dinheiro de propina.
"Fui presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Marítima Brasileira e tive relação com a Transpetro por este motivo. Não houve nada fora do script. Não procurei Sérgio Machado para pedir propina. Minha relação pessoal com ele não chegava a esse nível de intimidade. A doação foi legal e está registrada no TSE. Estou mais pobre do que quando entrei na política. O delator está desviando o foco da investigação, quem tem milhões lá fora deve ser o foco, e não doações legais de empresas”, afirmou Santos.
CAMARGO CORRÊA
A Construtora Camargo Corrêa colabora com a Justiça por meio de um acordo de leniência.
QUEIROZ GALVÃO
A Queiroz Galvão informa que não comenta investigações em andamento e ressalta que todas as doações eleitorais obedecem à Legislação.
CÂNDIDO VACCAREZZA
Nunca pedi ajuda para financiamento de campanha a Sérgio Machado. Eu não tinha intimidade com ele nem ele comigo para falar de dinheiro. Machado nunca me apoiou nem eu o apoiei. Não trabalhei com ele nem ele comigo. Minha campanha recebeu contribuição do diretório federal do PT, não do diretório estadual de São Paulo. Isso pode ser comprovado na prestação de contas da campanha e com a Camargo Corrêa, que contribuiu com minha campanha.
TEOTONIO VILELA FILHO
O ex-senador e ex-governador Teotonio Vilela Filho repudia veementemente as declarações do senhor Sérgio Machado sobre o PSDB e afirma o seu interesse pelo pleno esclarecimento dos fatos, confiante na ética, na transparência e no compromisso público que sempre pautaram a sua vida política.
LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS
Por telefone, o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros ditou a seguinte nota:
Eu não participei da campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso em 1998, muito menos na função de coordenador como disse Sergio Machado. Nessa época, com a morte do ex-ministro Sergio Motta, fui chamado para o Ministério das Comunicações com objetivo especifico de levar a cabo  o processo de privatização do sistema Telebrás. Logo após cumprir com êxito a missão, deixei o governo.
DIMAS TOLEDO 
O JN não conseguiu contato com a defesa de Dimas Toledo.
LUIZ NASCIMENTO
O JN não localizou o ex-presidente Camargo Corrêa.

Luciano Almeida

Olá, sou o Luciano Almeida e é um prazer me apresentar a vocês. Tenho 41 anos e sempre vivi em Quixeré, uma cidade que conheço como a palma da minha mão. Sou um rapaz negro de pele clara, apaixonado por desenho, leitura e fotografia! Foi essa paixão que me inspirou a criar este blog. Aqui, meu objetivo é trazer informações relevantes para o Vale do Jaguaribe, uma região situada no centro-leste do Ceará, e também compartilhar um pouco do dia a dia dos jaguaribanos. Vou abordar temas como educação, saúde, cultura e, especialmente, a importância de sermos reconhecidos como cidadãos, com nossas próprias opiniões e vontades. Quero explorar nossa identidade neste mundo e como nos conectamos a ela. Além disso, pretendo destacar lugares interessantes nas cidades da região. Todos os dias, aqui no Jornal Vale em Destaque, você encontrará novidades fresquinhas para ficar bem informado.

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