Com seis anos de idade, Sara Sales foi diagnosticada com pneumonia por hipersensibilidade. Durante 12 anos foi atendida no Hospital Infantil Albert Sabin, também da rede pública do Governo do Estado. Foi aos 15 anos que Sara teve o diagnóstico de fibrose pulmonar. Aos 18 anos, ela recebeu a notícia de que, para continuar vivendo, precisava passar por um transplante de pulmão bilateral. "A doença fez com que os pulmões de Sara começassem a cicatrizar, assim ficaram endurecidos, diminuíram de tamanho e aos poucos ela foi perdendo a capacidade de trocar oxigênio", explica o pneumologista Fernando Moreira, da equipe de Transplante de Pulmão do Hospital de Messejana.
Conhecida pelos amigos e família como uma jovem meiga, alegre e cheia de sonhos, Sara viu sua vida começar a ficar limitada. Ela perdeu as forças para andar e passou a se locomover com a ajuda de uma cadeira de rodas. A capacidade de respirar foi bastante prejudicada e Sara passou a depender de oxigênio, principalmente ao fazer qualquer esforço físico, tinha que falar pouco por causa do cansaço. "Meus sonhos também começaram a ficar limitados e eu não sabia se iria poder realizá-los. Eu pensava muito nisso", diz. A jovem estudante entrou na fila do transplante de pulmão e após a espera de um ano e meio, surgiu a doação dos dois pulmões.
O futuro que parecia incerto foi substituído pela esperança e a renovação dos planos. Entre os sonhos a serem realizados, as viagens, o desejo de estudar e concluir a faculdade de fisioterapia ou design de interiores, e ter uma casa. "Sempre recebemos um bom atendimento no Hospital de Messejana e no Albert Sabin. Sara teve os cuidados de médicos que nunca vamos esquecê-los, como a pediatra pneumologista, Viviane Calheiros, que quando todos já não queriam tratá-la, pela complexidade do caso, ela a assumiu com carinho e profissionalismo e na hora certa a encaminhou ao Hospital de Messejana", ressalta a mãe, Maria de Fátima Sales.
Referência em transplante pulmonar
O Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes é referência em transplante de pulmão. Até 2015 era o único Estado das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste que fazia transplante de pulmão. No ano passado a Bahia fez o primeiro transplante no Estado. No Ceará, o primeiro transplante de pulmão, em 2011, foi um grande marco para o atendimento dos pacientes com graves problemas respiratórios, que antes não tinham alternativa de tratamento, apenas se fossem a São Paulo. Atualmente, 10 pacientes aguardam na fila pelo transplante de pulmão. Em 2015, quatro pacientes foram transplantados. Do início do serviço até hoje, 32 procedimentos foram realizados pela equipe do Hospital de Messejana.
O serviço de Transplante Pulmonar no Hospital de Messejana teve início em 14 de junho de 2011, e conta com uma equipe multidisciplinar formada por cirurgiões torácicos, pneumologistas, anestesista, enfermeiros, fisioterapeutas, assistente social, psicóloga, nutricionista, dentista e terapeuta ocupacional.
Assessoria de Imprensa do Hospital de Messejana
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