Segundo o professor Joaquim Rodrigues, cerca de 100 pessoas estão concentradas no local. Eles levaram água e comida para poder ter condições de permanecer no local o maior tempo possível e evitar por fim ao protesto. Os membros do movimento cobram da Prefeitura de Canindé uma resposta pelo atraso do pagamento dos professores, que já não é realizado há seis meses. Por causa disso, as aulas no distrito estão suspensas há um mês e os alunos da zona rural de Targinos estão sem estudar.
Os dois sentidos da pista foram bloqueados com pneus, galhos da vegetação seca e pedras. Vários veículos ficaram impedidos de seguir viagem. Nas imagens enviadas pela ferramenta VC Repórter, é possível ver uma ambulância impedida de seguir viagem devido a barreira montada na estrada. Joaquim disse que conversou com os professores do local. “Eles prometeram que ficariam até a noite ou até que alguma situação seja resolvida porque, você pode imaginar como é que não está um trabalhador que há seis meses não recebe salário”, falou.
Segundo o Procurador-Geral de Canindé, Daniel Gouveia, o impasse decorre de uma sentença, gerada em outubro de 2015, que impedia a contratação de novos funcionários a partir de janeiro deste ano. No entanto, vários professores saíram de licença e a prefeitura ainda encontrou um problema de defasagem para manter as escolas da localidade funcionando. “A solução foi contratar novos profissionais para não deixar de amparar aquela região”.
O Procurador disse que o município entrou com um agravo de instrumento para tentar recorrer da decisão e conseguir fazer o pagamento dos professores. “Entramos com este pedido ainda na segunda-feira (16) e acreditamos que o mais breve possível vamos conseguir reverter essa situação”.
O prefeito do município, Celso Crisóstomo, estava em reunião, e não pode atender nossas ligações. Também tentamos falar com a secretária de educação da cidade, mas, até a publicação desta matéria, o telefone estava desligado e as ligações não foram atendidas.
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