A Frente Brasil Popular, que reúne mais de 60 movimentos sociais, convocou há pouco militantes para um protesto imediato em São Paulo contra o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula, feito nesta quinta-feira (10) pelo Ministério Público de São Paulo.
A mensagem, enviada pelo aplicativo Whatsapp, diz que a convocação tem caráter de “urgência”. O grupo pede que “toda a militância” se reúna na noite desta quinta em frente à sede da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de SP), na Praça da República, no centro de São Paulo.
Há previsão de manifestações ainda em frente à sede do sindicato dos bancários, na capital paulistana, e da casa do ex-presidente, em São Bernardo.
Além de movimentos sociais, integram a Frente Brasil Popular centrais de trabalhadores, como a CUT , e partidos políticos como o PT e o PC do B.
Segundo militantes, a ideia é fazer uma espécie de “vigília” até que as lideranças deem novas orientações.
“Queremos todos aqui. Vamos protestar e pensar agora no que iremos fazer”, diz Raimundo Bonfim, coordenador da CMP (Central de Movimentos Populares), que integra a Frente.
A convocação ocorre pouco depois de os promotores Cassio Conserino, José Carlos Blat e Fernando Henrique Araújo pedirem a prisão preventiva de Lula.
Os promotores alegam que a prisão do ex-presidente é necessária para garantir “a ordem pública, a instrução do processo e a aplicação da lei penal”. Segundo eles, em liberdade, o petista pode destruir provas ou agir para evitar determinações da Justiça.
REAÇÃO
O presidente do PT, Rui Falcão, chamou o pedido do Ministério Público de “ignomínia” e “midiático”. E disse estar “confiante de que a juíza não vá atender a esse pedido tresloucado”.
O caso será analisado pela juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo. Ainda não há dia certo para ela decida sobre o caso.
Mais cedo, os movimentos haviam desistido de uma manifestação programada para o domingo (13) em São Paulo. A decisão fora tomada para evitar conflito com o ato contra o governo e a davor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, convocado para o mesmo dia.
Até então, a Frente Brasil Popular decidira que a prioridade seria o dia 18 de março, onde planejavam ações em todas as capitais sob o mote “não vai ter golpe”.
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