Nesta quinta (11), Ministério da Saúde confirmou 1ª morte por zika no RN. Contudo, Estado diz que ainda não é possível afirmar que vírus matou jovem. (Foto: Divulgação)
Cláudia Frederico, coordenadora de Promoção à Saúde (CPS) da Sesap, explicou que o Estado ainda não pode confirmar a causa da morte de Ana Cláudia. “Esse achado é muito importante do ponto de vista da investigação, mas devemos ser prudentes porque o processo investigativo é longo, ainda vai passar por outras fases até que seja concluído”, ressaltou. Ainda de acordo com a coordenadora, a confirmação da presença do zika vírus nas amostras que estão sendo estudadas pelo Instituto Evandro Chagas é importante do ponto de vista científico, mas "atribuir o fato à causa do óbito seria imprudente".
Fátima Alves, mãe de Ana Cláudia, explicou que a filha começou a sofrer com tosse. "Uma tosse. E ela dizia que doía o estômago. Depois, deu febre. Passou o dia com febre", informou. Fátima lamentou a morte precoce da filha. "Difícil demais, muito sofrida. Ela estudava, era uma boa filha".
Fabiano Teixeira, prefeito de Serrinha, informou que acompanhou a internação da jovem passo a passo e que, devido ao seu quadro clínico, não foi feito um diagnóstico preciso, suspeitando-se inicialmente de leucemia e posteriormente de pneumonia. “É importante deixarmos claro que a causa da morte continua sendo investigada, para que a população de Serrinha e do próprio RN não entre em pânico”, acrescentou.
MicrocefaliaDe acordo com o mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Sesap, foram notificados 287 casos suspeitos de microcefalia relacionados às infecções congênitas. Desses, 236 são de nascimentos ocorridos em 2015, 44 são de nascimentos ocorridos até a semana epidemiológica (SE) nº 05, terminada no último dia 6; 2 foram abortos, 4 intraútero e 1 ignorado em 2014.
Os casos notificados estão distribuídos em 67 municípios do estado. Do total, 201 estão sob investigação, 66 foram confirmados por exame de imagem com presença de alterações típicas indicativas de infecção congênita, 4 foram confirmados por critérios clínico-laboratorial e com a identificação do vírus zika, e 16 foram descartados (descartados por apresentar exames normais, por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas por causas não infecciosas ou por não se enquadrar nas definições de casos).
Fonte:g1
Itens relacionados:
NORDESTE