Margarida Maria Alves, assassinada em 1983, continua viva na luta das trabalhadoras rurais que vão à Brasília cobrarem seus direitos ao governo federal
Por volta das 18 horas do dia 12 de agosto de 1983, Margarida Maria Alves, trabalhadora rural e presidente do Sindicato de Trabalhadores rurais de Alagoa Grande, município do Estado da Paraíba, foi brutalmente assassinada com um tiro de espingarda calibre 12, em frente a sua casa, aonde se encontrava na companhia do marido e o filho. O disparo pegou de cheio na face, deixando-a irreconhecível.
Desde 1973, Margarida ocupava a presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais STR, e na época de sua morte havia movido 73 ações de trabalhadores rurais das usinas por direitos trabalhistas. Sendo na ocasião apontado 5 suspeitos de mando daquela barbárie, todos impunes até os dias atuais, sem um já falecido, dois absorvidos e dois foragidos.
Após a sua morte a sindicalista tornou-se um símbolo das mulheres trabalhadoras rurais, que deram seu nome ao evento mais emblemático que realizam, “A Marcha das Margaridas”, uma mobilização nacional que reúne em Brasília, milhares de trabalhadoras rurais nos 12 de agosto, para cobrarem seus direitos.
O movimento “Marcha das Margaridas”, começou pequeno apenas no Estado da Paraíba, mas se tornou nacional e ganhou o apoio dos sindicatos de todo o Brasil, a partir do ano 2000, e desde então teve outras edições em 2003, 2007, 2008 e 2009, sempre definindo uma pauta de reivindicações de todas as trabalhadoras, independentes de serem rurais, a serem entregues aos representantes dos poderes públicos federais.
No Vale do Jaguaribe, o Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Russas, é um dos que mais se empenham em mandar seus representantes para o movimento nacional da Marcha das Margaridas, sendo a entidade uma das que se orgulhou em apoiar as lutas das mulheres camponesas na defesa ou reivindicação de seus direitos .
Falando a nossa reportagem, a senhora Sandra Dantas, afirmou que a mobilização quer levar 16 mulheres até Brasília, para participar das movimentações que se realizaram nos dias 11 e 12 de agosto.
Como a viagem e a manutenção das pessoas custam caro, além das pequenas promoções entre os sócios e amigos do STTRR, estão sendo vendidas blusas do movimento, e aceitando a colaboração dos Russanos que podem entrar em contato pelo telefone (88) 3411-0205.
Por Arnaldo Freitas/informações site FETRAECE
FONTE: tvjaguar
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