O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que acredita que o povo brasileiro não quer ter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato em 2022. Bolsonaro afirmou que podem até existir suposições sobre o caso envolvendo o sítio de Atibaia e o triplex no Guarujá, mas que a gestão de Lula no comando do país foi “catastrófica”.
Bolsonaro insinuou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, decidiu anular as condenações do ex-presidente por possuir “uma forte ligação com o PT”.
– Qualquer decisão dos 11 ministros (do STF) é possível prever o que eles pensam. O ministro Fachin sempre tinha uma forte ligação com o PT, então não nos estranha uma decisão nesse sentido. Foi uma decisão monocrática. Vai ter que passar pela turma ou pelo plenário para que tenha a devida eficácia – declarou Bolsonaro na chegada ao Palácio da Alvorada.
O presidente disse que “todo mundo foi surpreendido pela decisão” e reforçou críticas ao PT:
– Todo mundo foi surpreendido por isso daí, afinal de contas as bandalheiras que esse governo fez estão claras perante toda a sociedade. Você pode até supor, né, a questão do sítio em Atibaia e o apartamento (no Guarujá), mas você tem coisas como desvios no BNDES e desvios enormes na Petrobras. Foi uma gestão catastrófica do governo do PT.
Em seguida, o presidente disse acreditar que “o povo brasileiro não queira se quer ter um candidato como esse (Lula) em 2022”.
– A bolsa foi lá para baixo e o dólar foi pela para cima. Ou seja, todos nós sofremos com uma decisão como essa aí. Agora espero que a turma do STF reestabeleça o julgado – disse.
Depois, em entrevista a um canal de TV, Bolsonaro afirmou que a decisão de Fachin é ruim para o Brasil e pode levar descrédito ao Judiciário.
— Não sei o que vai acontecer, mas será um descrédito para a Justiça e é muito ruim para o Brasil. Porque a partir do momento em que você diga que o Lula… que foi tudo anulado no tocante a ele… é sinal que não teve Petrolão, que não houve roubalheira em várias estatais e bancos estatais, apesar de delatores terem, em delações premiadas, terem devolvidos mais de R$ 2 bilhões para o Tesouro.
Questionado, Bolsonaro disse que não teme enfrentar Lula nas eleições presidenciais de 2022, mas voltou a defender a adoção do voto impresso em complemento ao voto eletrônico.
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