Casos de sarampo avançam e chegam a 4.507 nos últimos 90 dias

Os casos de sarampo continuam a avançar no País. Só nos últimos 90 dias, foram confirmados 4.507 casos da doença. Destes, 4.374 ocorreram em São Paulo, sendo a maioria na capital e na região metropolitana.

Os novos dados são de balanço divulgado nesta quarta-feira (25) pelo Ministério da Saúde, o qual abrange informações dos últimos três meses entre 30 de junho a 21 de setembro.

Embora a maioria dos registros ocorra em São Paulo, casos confirmados da doença já são registrados também em outros 18 Estados. Nesta semana, Ceará e Paraíba entraram na lista.

Além de São Paulo, que responde por 97% dos casos no período, foram confirmados casos no Rio de Janeiro (22), Pernambuco (22), Minas Gerais (22), Paraná (13), Santa Catarina (12), Rio Grande do Sul (7), Ceará (5), Paraíba (5), Maranhão (4), Goiás (4), Rio de Grande do Norte (4), Distrito Federal (3), Pará (3), Mato Grosso do Sul (2), Piauí (2), Espírito Santo (1), Bahia (1) e Sergipe (1).

Para o Ministério da Saúde, a ocorrência de casos nos últimos 90 dias indica que há um cenário de transmissão ativa da doença nesses locais. Transmitido por um vírus, o sarampo é uma doença extremamente contagiosa e considerada grave, sobretudo em crianças menores de cinco anos e pessoas com baixa imunidade.

Antes considerada eliminada, a doença voltou a registrar casos e a circular no País em 2018. Naquele ano, foram registrados 10.330 casos. Já neste ano, desde janeiro, já foram confirmados 5.332. Para comparação, até a última semana, esse número era de 4.476 – aumento de 19%.

Segundo o secretário de vigilância em saúde do ministério, Wanderson Oliveira, o pico da transmissão do sarampo ocorreu em julho deste ano. Desde então, o País tem registrado estabilidade nas notificações.

O número de registros, no entanto, ainda deve crescer, já que alguns Estados apresentam novos casos suspeitos sendo notificados e há outros 21.711 em investigação. “Ainda é cedo para baixar a guarda. Não estamos falando em queda, mas de estabilização do número de casos confirmados”, explicou o secretário.

Oliveira reforça que a doença é alvo de alerta devido à baixa cobertura vacinal e à facilidade de transmissão, que ocorre ao espirrar, tossir, falar ou respirar perto de pessoas sem imunidade contra o vírus. “Estamos chamando a atenção dos Estados para fazer ações de bloqueio e interromper a transmissão”, afirmou.

Uma campanha nacional de vacinação contra a doença está prevista para começar em outubro. A ideia é que a estratégia ocorra em duas etapas e de forma seletiva, abrangendo grupos mais vulneráveis ao sarampo.
Casos de sarampo avançam e chegam a 4.507 nos últimos 90 dias

Fonte: Folha de Londrina