No início da noite de quarta-feira (5), enquanto o presidente Michel Temercobrava dos ministros ajuda para se manter no cargo, o deputado Rodrigo Maiarecebeu sigilosamente, na residência oficial do presidente da Câmara, o senador Tasso Jereissati, comandante interino do PSDB.
Favorito para suceder Temer no Palácio do Planalto caso o peemedebista seja afastado do cargo, Maia discutiu com Tasso a formação do novo governo.
Os dois concordaram em manter a equipe econômica, tocar a agenda de reformas e fazer mudanças pontuais no ministério. “O Rodrigo começou a compor o novo governo”, disse a VEJA um importante cacique tucano.
O DEM, partido de Rodrigo Maia, também já trabalha nos bastidores pela substituição de Temer. Os dois partidos compartilham da análise de que o peemedebista não terá condições de reverter o estrago provocado pelo parecer do relator da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), Sérgio Zveiter, sobre a denúncia contra Temer. Nos gabinetes de Brasília, é barbada que Zveiter votará pela abertura de processo contra o presidente. “O Temer é impopular, a única coisa que o sustenta é o Congresso. Com o colapso na CCJ, o efeito dominó será inevitável”, declarou a VEJA o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima.
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