Fortaleza em chamas

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Os fortalezenses bem que tentaram retornar à normalidade nesta quinta-feira (20), mas novos ataques aconteceram na cidade e na Região Metropolitana. Durante a manhã, três ônibus foram atacados. Um no bairro Vila Velha e um no Álvaro Weyne e outro no Castelo Encantado. A situação de insegurança se estende por quase 24 horas na Grande Fortaleza. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) está reunido para decidir se as linhas continuarão a circular. 


    No bairro Vila Velha, ninguém comenta como o ataque aconteceu, pois moradores temer serem alvo de represália. No mesmo bairro, uma agência do Banco Bradesco foi atacada durante a madrugada. Os suspeitos seriam dois homens, um em uma motocicleta e outro em um carro modelo Celta. Os homens quebraram o vidro da agência e tentaram atear fogo nos caixas eletrônicos, mas não conseguiram e fugiram em seguida. 

    No bairro Castelo Encantado, um coletivo que fazia a linha 907 (Castelo Encantado/Centro). Os suspeitos chegaram em duas motocicletas e abordaram o veículo. Eles desceram e mandaram passageiros, motorista e cobrador descer. Em seguida, espalharam combustível e atearam fogo. Apesar do susto, ninguém se feriu. Moradores ainda tentaram retirar os fios de cobre do veículo, após as chamas serem controladas, mesmo com a presença da Polícia Militar. Um helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) sobrevoou a região, mas nenhum suspeito foi preso. 

    Próximo ao Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, na Praia de Iracema, uma nuvem de fumaça toma conta da região, mas ainda não se sabe se foi outro veículo incendiado. 

    Ontem, 16 coletivos foram incendiados em Fortaleza. De acordo com o secretário de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, seis suspeitos foram detidos. Diversas cartas espalhadas em pontos próximos aos locais onde coletivos foram incendiados, mostram a insatisfação, supostamente de facções criminosas, com a transferência de internos dos complexos prisionais de Fortaleza. As cartas apontam uma possível relação entre os crimes e as mudanças no sistema prisional.