Levantamento foi divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado
O Ceará tem neste ano 41 cidades com alta infestação do mosquito Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e vírus da zika. Segundo o primeiro Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) do ano, o número de municípios com alta infestação pelo mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, passou de de 31,7% para 30,4%, e daqueles em situação de média infestação, de 40,2% para 28,2%. O percentual de municípios em situação satisfatória, de baixa infestação, aumentou de 28% para 41,4%.
O LIRAa é o método amostral, desenvolvido e adotado a partir de 2003 pelo Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, cujos resultados permitem aos gestores direcionarem com mais precisão as medidas de prevenção e combate do mosquito e o controle das doenças por ele transmitidas – dengue, chikungunya e zika. Com mais informações coletadas, é possível identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas. Os municípios com mais de 2 mil imóveis em sua zona urbana podem realizar o LIRAa. No Ceará, 162 (88%) dos 184 municípios se enquadram nos critérios para realização do levantamento.
Os locais de infestação do mosquito também são identificados pelo LIRAa, que monitora a densidade de formas imaturas (larvas e pupas) por meio de pesquisa realizada na visita domiciliar do agente de combate às endemias. Conforme o primeiro LIRAa de 2017, depósitos localizados ao nível do solo, tais como cisterna, tambor e tanque, foram os que predominaram com infestação pelo Aedes aegypti em relação aos outros tipos de depósitos domésticos representando 57,0% (1.821 de 3.197) de todos os pesquisados. Em seguida aparecem reservatórios móveis (vasos ou pratos de plantas, bebedouros de animais etc.) com 14,6% (468). Em 11,3% (361) dos depósitos elevados como a caixa d´água, o Aedes aegypti esteve presente. Outros depósitos como ralos, vasos sanitários desativados, lixo, pneus e outros, somaram 17,1% (547) dos focos do vetor.
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