Dependência da chuva ameaça racionamento drástico em 2017
O titular da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Francisco Teixeira, disse, ontem, que a dependência de uma quadra chuvosa não favorável em 2017 poderá resultar em medidas drásticas de racionamento. Apesar de que ações mais rigorosas venham a ocorrer a partir dos prognósticos da quadra chuvosa, pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), no início do ano, lembrou que a meta de restrição na oferta hídrica já passou de 10 para 20%. A avaliação do secretário aconteceu em explanação sobre a seca no Ceará, na reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema), no auditório da Secretaria de Infraestrutura do Ceará (Seinfra), situada no Centro Administrativo do Cambeba.
Na ocasião, o secretário chamou a atenção de que uma alternativa para atender a demanda no Estado seria a finalização das obras de Transposição, mas as águas deverão chegar ao Ceará somente após 2017, em função do abandono dos serviços no trecho Norte, pela Construtora Mendes Júnior. Com isso, conforme salientou, a única forma de ocorrer um aporte é com uma quadra chuvosa regular.
Ações
O titular da SRH lembrou que foram implementadas ações de contingência, como a construção de 800Km de adutoras de engate rápido, para trazer de reservatórios alternativos para aqueles tradicionais, que atenderam as cidades. Além disso, destacou a perfuração de mais de mais de 2 mil poços, atendimento com carros-pipas nas localidades mais castigadas pela seca e com um foco de gestão muito forte nos recursos hídricos. "Na questão do abastecimento humano, várias cidades do Interior estão com as ofertas complementadas com a perfuração de poços, algumas com carropipa e em Fortaleza e na Região Metropolitana foi estabelecida uma meta para se economizar 10%", disse.
No entanto, reconheceu que, ao passar para a meta de 20%, por meio de aplicação de tarifa de contingência, não houve sucesso. "Embora a economia não tenha sido alcançada, em termos de oferta de água já houve uma redução de mais de 12%", afirmou.
Prejuízos
Teixeira informou que a irrigação já sofre uma restrição de 75% no uso da água. Essa medida, embora seja compreendida pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) como prioridade para o abastecimento humano, tem causado sérios prejuízos para a economia do Estado. O presidente do Conselho de Agronegócio da Fiec, José Alberto Bessa Júnior, disse que o setor já eliminou 20 mil postos de trabalho diretos e algumas empresas estão realocando seus negócios em outros Estados.
O analista de Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, da Associação dos Prefeitos e Municípios do Ceará (Aprece), Nicolas Fabre, salientou que já não é mais o caso de ser pessimista ou otimista com relação às chuvas. Para ele, mesmo com um inverno regular, não haverá como recarregar os açudes que estão secos.
(Credito da foto de Honório Barbosa )
Fonte: Diário do Nordeste
Na ocasião, o secretário chamou a atenção de que uma alternativa para atender a demanda no Estado seria a finalização das obras de Transposição, mas as águas deverão chegar ao Ceará somente após 2017, em função do abandono dos serviços no trecho Norte, pela Construtora Mendes Júnior. Com isso, conforme salientou, a única forma de ocorrer um aporte é com uma quadra chuvosa regular.
Ações
O titular da SRH lembrou que foram implementadas ações de contingência, como a construção de 800Km de adutoras de engate rápido, para trazer de reservatórios alternativos para aqueles tradicionais, que atenderam as cidades. Além disso, destacou a perfuração de mais de mais de 2 mil poços, atendimento com carros-pipas nas localidades mais castigadas pela seca e com um foco de gestão muito forte nos recursos hídricos. "Na questão do abastecimento humano, várias cidades do Interior estão com as ofertas complementadas com a perfuração de poços, algumas com carropipa e em Fortaleza e na Região Metropolitana foi estabelecida uma meta para se economizar 10%", disse.
No entanto, reconheceu que, ao passar para a meta de 20%, por meio de aplicação de tarifa de contingência, não houve sucesso. "Embora a economia não tenha sido alcançada, em termos de oferta de água já houve uma redução de mais de 12%", afirmou.
Prejuízos
Teixeira informou que a irrigação já sofre uma restrição de 75% no uso da água. Essa medida, embora seja compreendida pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) como prioridade para o abastecimento humano, tem causado sérios prejuízos para a economia do Estado. O presidente do Conselho de Agronegócio da Fiec, José Alberto Bessa Júnior, disse que o setor já eliminou 20 mil postos de trabalho diretos e algumas empresas estão realocando seus negócios em outros Estados.
O analista de Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, da Associação dos Prefeitos e Municípios do Ceará (Aprece), Nicolas Fabre, salientou que já não é mais o caso de ser pessimista ou otimista com relação às chuvas. Para ele, mesmo com um inverno regular, não haverá como recarregar os açudes que estão secos.
(Credito da foto de Honório Barbosa )