A proposta gerou burburinho nas redes sociais, fazendo lotar o auditório da Câmara. Todos os espaços estavam preenchidos. Representantes de entidades, funcionários públicos e moradores de Quixeramobim assistiram o desenrolar da sessão que durou cerca de quatro horas. A proposta era subir em R$ 2 mil o salário pago aos vereadores, que já ganham R$ 6 mil. Os gastos apenas com pagamento aos vereadores chegaria a R$ 120 por mês e quase R$ 1,5 milhão ao ano.
Em suas palavras o presidente da Casa, vereador Everardo Júnior, justificou que a decisão do aumento foi acordado por todos os parlamentares em reunião que aconteceu dias atrás. “Por lei, esta legislatura é que deve aprovar ou desaprovar o reajuste, pois, a gestão que vai se instalar não pode estabelecer aumento em favor próprio”, explicou.
Reforço policial
A população protestou com cartazes com palavras e frases de ordem como “Vereador não é profissão”. Quase 20 pessoas falaram no espaço aberto e se posicionaram contra o reajuste. Na ordem da palavra concedida à população, houve quem propôs reduzir o valor à quantia do salário mínimo brasileiro, R$ 880. Outros sugeriram reduzir o valor para o mesmo piso pago professor.
Equipes da Polícia foram acionadas para garantir a segurança no espaço. O principal temor era de que o clima pudesse trazer prejuízo no plenário em virtude dos ânimos ainda mais acalorados, caso o aumento salarial passasse. Os vereadores foram pressionados a cada instante pela população que lotou o auditório. Parte deles votaram contra o aumento.
Com o clima tenso a votação foi revogada. A presença numerosa sinalizou que o parlamento de Quixeramobim vai ter daqui pra frente, eleitores mais vigilantes à situação e desempenho de cada vereador.
Com informações do radialista Paulo Simião