Comando Nacional dos Bancários faz reunião para definir rumos da greve



A greve nacional dos bancários está prestes a completar um mês e, nesse tempo todo de paralisação, os problemas têm se acumulado. Muita gente que depende de serviços específicos não solucionáveis em correspondentes bancários nem em casas lotéricas se vira como pode, mas no geral a saída é a espera.

Sem perspectiva de normalização, a mobilização da categoria cada vez mais representa uma dificuldade na vida da população. E, diante disso, a pergunta que fica é: qual o limite para esse tipo de movimento, se é que existe um? Ou: diante de um impacto tão grande, pesa mais a causa ou o interesse da grande maioria, formada por milhares de clientes? Ou ainda: qual é o limiar entre uma greve legítima e uma abusiva?
A BandNews foi atrás de respostas na manhã desta terça (4), sem sucesso. Ninguém que pudesse esclarecer o assunto foi localizado para conversar com a reportagem.

Enquanto isso, a greve – que é a maior dos últimos 11 anos – segue por tempo indeterminado. A paralisação completa um mês nesta quarta (5) sem nenhum avanço nas negociações.
A categoria pede 14,78% de reajuste, dos quais 5% são de aumento real, mas a Federação Nacional dos Bancos está disposta a conceder apenas metade desse valor. A oferta dos patrões é a de 7% e eles também elevaram em R$ 200 o valor do abono com a antecipação da discussão do reajuste do ano que vem. Mas a proposta foi rejeitada ainda na mesa de negociação sem sequer ser apresentada nas assembleias da categoria porque, para os trabalhadores, isso representaria uma perda salarial de 2,8%.
O Comando Nacional dos Bancários faz hoje uma série de reuniões para definir os próximos passos do movimento. Em todo o país, quase treze mil e quinhentas agências estão paradas, sendo oitocentas e vinte e quatro no Paraná, segundo o sindicato da categoria. Em Curitiba e região, trezentas e trinta e três unidades são afetadas, além de sete centros administrativos e cinco financeiras, ou seja, uma adesão de 87%. Alguns bancos privados conseguiram liminares judiciais para manter as agências abertas. Em 2004, a paralisação durou 30 dias.

Fonte bandnews