por Ivan Bezerra - Repórter do DN
Jogando melhor desde o apito inicial - quando quase marca um gol antes do primeiro minuto - o Remo venceu com facilidade o Fortaleza por 2x0, ontem à noite, no Estádio Mangueirão, conquistando a primeira vitória em casa na competição.
Além de ter jogado um futebol avassalador, o time paraense enfrentou um time desarrumado, sem a identidade que tinha no início da competição. Com a derrota, o Leão cearense caiu para a segunda colocação no Grupo A e terá que se reabilitar em casa, no domingo que vem, às 19 horas, contra o Botafogo/PB, na Arena Castelão.
O Leão do Pici foi irreconhecível no primeiro tempo, a partir da escalação. A intenção do técnico Marquinhos Santos era repetir a formação tática que apresentou um ótimo desempenho em jogo contra o Bahia na Arena Fonte Nova, ainda no mês de abril, pela Copa do Nordeste. Ou seja, três zagueiros. Frente aos baianos, os zagueiros foram Lima, Edimar e Max Oliveira. Já diante do Remo, Lima, Edimar e Elivelton. Apesar de toda essa precaução excessiva, o Tricolor do Pici deu espaços demais ao bicolor paraense, especialmente pelas laterais do campo.
Railan e Bruninho estavam avançados demais, não voltavam a tempo para marcar e ficava o buraco pelos flancos. Com três zagueiros parados atrás e sem saída de bola, o Fortaleza foi presa fácil para o Remo.
Uma bola
Nos primeiros 45 minutos, o Leão do Pici não conseguiu chutar uma bola na direção do gol. Em compensação, os ataques paraenses foram constantes.
O Fortaleza, ao invés de jogar fechado, como era a proposta, atuou de forma aberta, deixando a responsabilidade da marcação apenas para os três zagueiros. E haja investida do Leão Azul de Antônio Baena.
Tanto domínio só poderia redundar em gol. Aos 29 minutos, nas costas de Railan, Edno escapou pela esquerda, cruzou e, do outro lado, sem marcação, Eduardo Ramos deu de chapa para o gol, marcando 1x0.
O time paraense seguiu dominando e perdendo várias oportunidades para liquidar o marcador, diante de um adversário atônito sem saber como reagir.
Segundo tempo
Para a segunda etapa, os dois times começaram com modificações. No Remo, saiu Héricles para a entrada de Marcinho, enquanto que Bruninho, no Leão cearense, cedia seu posto a Maranhão. O Fortaleza ainda perdeu o meia Everton, aos 4 minutos da segunda etapa. Ele dividiu a bola com Eduardo Ramos e sofreu uma forte pancada no tornozelo esquerdo, saindo de campo, chorando numa maca. Juninho entrou no seu lugar.
A equipe cearense melhorou um pouco nos 15 minutos iniciais do segundo tempo. No primeiro minuto, aliás, veio a grande chance. Pio cruzou da direita, Anselmo cabeceou para o chão e Fernando Henrique salvou com o pé direito, mandando a escanteio. E outra boa oportunidade surgiu nos pés de Juliano, que aos 12, se aproximou da área e chutou por cima da trave.
Essa melhora do Leão em nada intimidou o Remo, que continuou atacando, especialmente pelo lado esquerdo da defesa tricolor, que não tinha mais lateral-esquerdo. O zagueiro Elivelton era quem ocupava o setor.
Contra-ataques
O Remo passou a utilizar os contra-ataques, sempre perigosos, de modo especial em cima de Elivelton. Para completar, os jogadores que entraram, como Maranhão e Juninho, não voltavam para recompor a marcação, o que facilitava demais para o Remo, que a todo instante estava na área do Fortaleza.
Aos 39 minutos, o Remo explorou mais um contra-golpe pela esquerda da defesa, que continuava aberta. Marcinho avançou e cruzou, Ciro tentou finalizar, a bola bateu em Ricardo Berna e sobrou para Edno, que finalizou no canto esquerdo e fechou o placar. O Remo ainda tocou a bola como quis até o final.
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