A medida é semelhante à que antecedeu a violenta reintegração de posse do Pinheirinho, em São José dos Campos, no início de 2012. Na ocasião, moradores ficaram feridos após confrontos com a PM e houve várias detenções.
Na Vila Soma, segundo os moradores e as decisões judiciais, moram cerca de 10 mil pessoas em casas de alvenaria que começaram a ser erguidas três anos atrás. No Pinheirinho, à época da reintegração de posse, havia cerca de 7.000 moradores.
"Preparamos um exército de contrachoque, com escudos, capacetes e paus para nos defender da violência que o Estado tem preparado para tirar as famílias, as crianças, que não têm para onde ir", disse o professor Ricardo Tomaz, 36, que contou viver na Vila Soma com três filhos.
"Resistir é a única opção que nós temos", afirmou.
Segundo Tomaz, os moradores já fizeram barricadas nas principais entradas da ocupação. A PM tem reforçado a presença na área e, de acordo com o professor, sobrevoa o local de helicóptero.
A PM confirmou que a reintegração será no domingo e informou que se reuniu com moradores, com o advogado do dono do terreno e com órgãos de apoio, como Corpo de Bombeiros e Guarda Civil, para garantir que a reintegração seja pacífica.
O terreno pertence à Soma Equipamentos Industriais, que acionou a Justiça argumentando que a venda da área, estimada em R$ 90 milhões, serviria para quitar parte das dívidas da companhia.
O MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que apoia os moradores, prevê realizar atos para tentar forçar novas negociações com o governo Geraldo Alckmin (PSDB) a fim de suspender a ação da PM no domingo.
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