A 91ª edição da São Silvestre reuniu cerca de 30 mil corredores de 37 países pelas ruas de São Paulo, realizada no período da manhã desde 2012. E os melhores brasileiros na prova desta quinta-feira foram Sueli Pereira da Silva, quarta colocada entre as mulheres, e Giovanni dos Santos, que ficou em quinto lugar na prova masculina.
Stanley Biwott chegou para a São Silvestre tendo no currículo a vitória na Maratona de Nova York deste ano. E terminou 2015 do melhor modo possível, com um triunfo em uma disputa acirrada com o etíope Leul Aleme. O queniano teve a vitória ameaçada, mas venceu com a marca de 44min31.
O também etíope Feyisa Gemechu terminou a São Silvestre na terceira posição, com 44min38 e uma vantagem de três segundos para o quarto colocado, o queniano Edwin Rotich, que venceu as edições de 2012 e 2013 da São Silvestre.
Em quinto lugar com a marca de 44min58, Giovanni dos Santos foi o representante brasileiro no pódio da prova. E, assim, o jejum do País na versão masculina segue desde 2010, quando Marílson Gomes do Santos venceu pela última vez a São Silvestre.
Era esperado um duelo de brasileiros e africanos, mas os atletas nacionais não foram páreos para os estrangeiros. Solonei Rocha da Silva, classificado para a Olimpíada na maratona, não foi bem Jose Magno dos Santos Mota largou mais rápido e ficou na liderança, mas não por muito tempo. Antes da metade da prova, um bloco com alguns atletas já tinha se separado dos outros competidores, como Stanley Biwott. No grupo estavam os brasileiros Giovani dos Santos e Altobeli Santos da Silva.
Só que aos poucos o bloco na liderança foi diminuindo de tamanho, com Altobeli ficando para trás. Só Giovani se manteve na caçada aos africanos, que impunham um bom ritmo e não davam brecha.
Biwott chegou a perder a liderança na avenida Paulista, mas conseguiu retomar a ponta ao exibir mais resistência e velocidade do que Aleme. Assim, assegurou a vitória com uma vantagem de 3 segundos para o seu maior adversário na prova paulista.
PROVA FEMININA - A vitória na prova de 2015 assegurou a Ymer Ayalew o bicampeonato consecutivo da São Silvestre - ela também venceu a disputa em São Paulo em 2008. Dessa vez, o triunfo foi conquistado em uma prova bastante disputada, com cinco competidoras chegando ao quilômetro final com chances de vitória
Logo após a largada do pelotão de elite feminino, o grupo das líderes ficou um pouco embolado, mas na descida da avenida Pacaembu, Roselaine de Sousa Ramos Benites imprimiu um ritmo forte e abriu uma distância em relação às suas adversárias. Curiosamente, uma atleta sem identificação corria próxima das líderes, com uma bandeira na mão.
Só que Roselaine foi perdendo fôlego e logo foi ultrapassado pelo pelotão de dez atletas, que chegaram na metade da prova brigando pela ponta. No 10º quilômetro, Sueli Pereira da Silva e Joziane da Silva Cardoso já estavam brigando pela liderança com as atletas africanas.
Mas foi a etíope quem se deu melhor, superando a concorrência de duas quenianas e duas brasileiras. Com isso, ela se tornou a primeira bicampeã consecutiva da prova feminina da São Silvestre desde a queniana Lydia Cheromei, que conseguiu tal feito ao vencer as provas de 1999 e 2000.
Para isso, Ymer Ayalew deu uma arrancada espetacular na chegada, na avenida Paulista, se afastando das suas concorrentes para triunfar novamente na São Silvestre, com o tempo de 54min01. Assim, ela deixou para trás a queniana Delvine Meringor, que foi quem mais ameaçou a sua vitória, mas terminou a prova na segunda colocação, a dois segundos da vencedora.
A também queniana Failuna Matanga cruzou a linha de chegada em terceiro lugar, com 54min11. Logo depois vieram as duas melhores brasileiras desta edição da São Silvestre, com Sueli Pereira da Silva na quarta colocação e Joziane Cardoso em quinto lugar.
Ambas chegaram a lutar pela vitória, mas acabaram ficando para trás na subida da avenida Brigadeiro Luís Antônio, considerado o trecho mais difícil da São Silvestre. Sueli encerrou a prova de 15 quilômetros com a marca de 54min15, com sete segundos de vantagem para Joziane.
O jejum de vitórias das brasileiras não São Silvestre vem de 2006, mas ao menos em 2015 duas delas subiram ao pódio, o que não havia acontecido na prova de 2014, quando o oitavo lugar de Joziane foi o melhor desempenho das atletas do País.
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