Suplente de vereador e filho são capturados por tráfico

Uma suplente de vereador da cidade de Santa Quitéria, localizada a 222 quilômetros de Fortaleza, e o filho dela, foram presos após investigação criminal realizada pelo Ministério Público naquela cidade. Os dois são apontados como envolvidos com o tráfico de drogas além de comandarem uma organização criminosa responsável por homicídios, fornecimento e até aluguel de armas a criminosos.

A suplente de vereador e líder comunitária Fernanda Araújo Ferreira, a 'Nandinha', segundo o MP, "mantinha, de forma permanente, um grupo criminoso com atuação e articulação em vários crimes, inclusive a compra, venda e distribuição de entorpecentes".

Já o filho dela, Francisco Aleksandro Ferreira Lima, o "Alex da Nandinha", teria participação no grupo e estava foragido da Cadeia Pública local. Um outro homem também era investigado, mas já estava preso. Alderico Viana Sousa, o "Cabeça", está recolhido na Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL I), em Itaitinga.

As prisões foram determinadas pelo juiz titular da comarca de Santa Quitéria, José Valdecy Braga de Sousa. O MP informou que a mulher fazia levantamentos de informações privilegiadas e informava aos criminosos. "A atuação criminosa da líder comunitária, juntamente com outros criminosos, chamou atenção pelo fato de que a mesma atuava de forma muita intensa nos órgãos públicos (Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia Militar e Polícia Civil), quando, na verdade, procedia o monitoramento das ações estatais, repassando aos membros da milícia armada", afirmou o órgão, em nota.

Ainda de acordo com as investigações, "a suplente de vereador promovia a compra, a venda de entorpecentes em associação ao tráfico. Ela dava guarida a residências para a fomentar o cometimento de crimes, ou seja, fornecia o suporte de material para os membros do grupo; além de participar de articulações e estratégias no cometimento de delitos".

Milícia

O Ministério Público informou que mãe e filho montaram um grupo armado e acompanhavam a movimentação dos órgãos de segurança do Estado para arquitetar as ações.

"No decorrer do processo investigatório foi possível observar a constituição da milícia armada, a partir do momento em que a acusada e o outro denunciado "arregimentavam" outros membros para o grupo criminoso. Fernanda Araújo vigiava constantemente o dia a dia do funcionamento dos órgãos de Segurança Pública do Estado. Ademais, ela atuava na aquisição, fornecimento, aluguel e transporte de armas, além de planejar assassinatos", disse.FONTE # DN