Orlando Miranda de Andrade Júnior, o "Pará", comandava o bando
Um fuzil americano Rugger, calibre 5.56; e duas pistolas estavam em poder do chefe da quadrilha
Uma farda camuflada e muita munição também foram apreendidos com o assaltante
Uma operação conjunta de policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e militares daUma operação conjunta de policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e militares daCoordenadoria de Inteligência Policial (CIP), capturou na região do Vale do Jaguaribe, no Interior do estado, um bandido apontado como chefe da quadrilha responsável por uma sequência de ataques a bancos na região que compreende o Vale do Acarape e o Maciço de Baturité.
Orlando Miranda de Andrade Júnior, o “Pará”, foi preso num cerco da Polícia no bairro Ilha, na periferia da cidade de Limoeiro do Norte (165Km de Fortaleza). Em poder dele, a Polícia apreendeu parte do armamento do bando, um fuzil americano de marca Rugger, de calibre 5,56; além de duas pistolas, sendo uma de calibre 45 (de uso privativo das Forças Armadas Brasileiras), e outra de calibre Ponto 40 (.40), de uso restrito das forças policiais.
Além das armas, a Polícia encontrou com o assaltante muita munição de diversos calibres e roupas camufladas e uma balaclava (capuz).
Segundo a Polícia, a quadrilha comandada por “Pará” teria sido a responsável pelos recentes ataques a bancos nas cidades de Barreira, Redenção, Ocara e Palmácia, onde agências do Banco do Brasil e do Bradesco foram “alvos” de explosão de artefatos em seus caixas eletrônicos e nos cofres-fortes.
Ataques em série
O grupo vinha sendo investigado sigilosamente pela DRF e pela CIP. Os ataques da quadrilha são sempre da mesma forma, com a explosão dos equipamentos bancários durante as primeiras horas da madrugada, quando, simultaneamente, parte do bando se encarrega de metralhar viaturas e os prédios dos destacamentos da PM nas cidades de pequeno e médio porte, anulando a pouca capacidade de reação da Polícia.
Somente nas cidades de Ocara e Barreira, a mesma quadrilha teria agido duas vezes neste ano. Em Barreira, por exemplo, a quadrilha explodiu os caixas da agência do Bradesco na madrugada de 19 de maio. No último dia 6, a cidade voltou a ser atacada e desta vez o “alvo” dos criminosos foi o Banco do Brasil, também explodido.
Já em Ocara, o primeiro ataque aconteceu no dia 3 de fevereiro, com a detonação de explosivos na agência do BB. No dia 5 de março, a quadrilha voltou àquela cidade e detonou a agência do Bradesco. Já na cidade de Redenção, o grupo armado agiu contra o Bradesco na madrugada de 29 de junho.
Neste ano, 37 assaltos a bancos foram registrados pela Polícia no Ceará. Além dos casos ocorridos no Maciço de Baturité e no Vale do Acarape (Ocara, Barreira e Redenção), houve registros de ataques com explosão de caixas e cofres em agências nas regiões do Vale do Jaguaribe (Iracema, Solonópole e Potiretama), na Região Norte (Irauçuba, Miraíma e General Sampaio), nos Sertões de Crateús (Tamboril) e no Cariri (Jardim).
JORNALISTA FERNANDO RIBEIRO
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