Ex- secretario de administração Antonio Sousa envia Nota de Esclarecimento ao povo Quixereense

NOTA DE ESCLARECIMENTO
Não poderia deixar de iniciar agradecendo a Deus por tudo que sou e por tudo que consegui na vida. Em segundo lugar agradecer a minha mãe, que já nos deixou há catorze anos, por tudo que fez por mim e pelos meus nove irmãos. Ela, mesmo com poucas letras soube nos criar transmitindo valores como honestidade, respeito, amor ao próximo e retidão.

Para os amigos e para as pessoas de bem que me conhecem, sei que não precisaria dar nenhuma explicação, porém, como agente público tenho a obrigação de esclarecer à minha comunidade que fui condenado, em primeira instância, juntamente com ex-prefeito Raimundo Nonato Guimarães Maia, em um processo de ação civil pública por improbidade administrativa movida pelo Sindicado dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Quixeré, o qual representava os servidores que no início do ano de 2009, período em que estive por três meses como titular da secretaria de administração e planejamento, foram transferidos dos seus locais de trabalho e alegaram perseguição política por parte da administração municipal de Quixeré.
Sinto-me de certo forma injustiçado! Jamais usaria desse expediente contra qualquer pessoa que fosse. Na verdade desprezo essa prática. Perante a justiça assumi meus atos. Afirmei e afirmarei, numa segunda instância, como agi e como me comportei. Afirmei que agi com zelo pela administração a qual representava. Mostrei ao ministério público que as remoções que partiram da secretaria a qual era titular tinham tão somente o interesse público, pois procurei ali zelar principalmente pela legalidade, impessoalidade e economicidade. Posso afirmar assim porque dentre os servidores removidos encontra-se um tio meu, pessoa a quem muito respeito e estimo. Fui condenado por ter removido servidores que traziam vícios de administrações passadas. Não achava justo contratar pessoal, onerar ainda mais o nosso município, quando tínhamos servidores que dava para suprir às nossas necessidades. Por iniciativa própria, visando o bem da administração e do município ampliei as funções de uma servidora que passaria a dar expediente com seus serviços em três repartições, uma vez que a mesma ganhava um salário mínimo para “zelar” apenas um banheiro. Daquele momento em diante ela ficaria lotada para limpar o banheiro o qual já limpava, e duas outras salas em duas repartições diferentes, pois entendo que pela legislação trabalhista em vigor a mesma deveria trabalhar oito horas por dia. Removi um servidor que cuidava, praticamente abria e fechava os portões, de uma única quadra para alem disso prestar seus serviços no almoxarifado. Removi servidor que ao meu conhecimento quase não trabalhava, pois seu histórico demonstrava a ociosidade, de onde não tinha nada a fazer, para outra repartição onde o mesmo passou a dar expediente e a produzir como devia. Em fim, não achava justo o município pagar um salário a pessoas que quase nada faziam enquanto a maioria trabalhava e prestava seus serviços normalmente conforme a lei. Alem disso, com as remoções, procurei evitar novas contratações e conseqüentemente novos gastos.
Bem sei que o que pesou contra mim foi o fato ser da incumbência do secretario de administração a homologação dos atos administrativos tendo a minha pessoa, como titular da secretaria de administração, homologado, também, as remoções feitas pela secretaria de educação. Aos meus amigos trabalhadores da educação e aos meus colegas professores peço minhas desculpas pelo acontecido. Afirmo que jamais perseguiria qualquer um de vocês. Sei também que nenhum de vocês entrou na justiça com intuito de me prejudicar, pois esperavam encontrar o então secretário da educação no banco dos réus e não a minha pessoa. Quanto a isso estou tranqüilo, pois pude ver no semblante de cada um, além de que deixaram claro em seus depoimentos que a suposta perseguição teria partido do ex-prefeito e do ex-secretario de educação e não da minha pessoa. Afirmo que fizeram certo, pois eu faria a mesma coisa se fosse o caso.
Sinceramente, o que me conforta ainda é saber que fui condenado porque procurei zelar pela legalidade, fui impessoal e busquei a economicidade. Só peço aqui, aos que por ventura não gostam de mim, que falem a verdade, que não inventem coisas que não existe, que não me coloquem na vala comum, pois NÃO fui condenado por corrupção ou por qualquer tipo de desonestidade. Quero dizer a todos que ao longo desses quase dez anos que estou ocupando secretarias na administração municipal, tenho procurado ser justo, impessoal e imparcial como deve ser um agente público. Aos amigos e aos que me querem bem, comunico que estarei recorrendo ao Tribunal de Justiça do nosso Estado e lá irei provar que jamais tive a intenção de perseguir politicamente a esses amigos. Confio em Deus e no bom senso dos homens. Na dinâmica da vida, espero ainda poder contribuir, cada vez mais, com o meu município de forma destemida e de cabeça erguida.
Com respeito,

ANTONIO DE SOUSA
Secretário municipal do planejamento e captação de recursos de Quixeré-CE.
Especialista em administração pública