O acordo para a realização do projeto de implantação do empreendimento foi celebrado ontem
Dentro de quatro meses, estará pronto o projeto de implantação do que será a maior usina comercial brasileira de geração de energia solar. Para isso, celebraram contrato, ontem, a empresa cearense Metaneide, cujo sócio majoritário é o industrial Fernando Cirino Gurgel, e a Endesa, empresa espanhola controladora da Companhia Energética do Ceará (Coelce).
A usina terá potência de 3 megawatts (MW) - o que é suficiente para abastecer aproximadamente 2.500 casas todos os dias - e será instalada na Chapada do Apodi, onde a Metaneide é dona de uma fazenda e onde o índice de insolação é considerado excepcional. Fernando Cirino informou que serão os especialistas da Endesa que conduzirão todos os aspectos técnicos e tecnológicos do empreendimento de geração de energia. (FOTO: REUTERS).
Projeto
De acordo com o empresário, a usina de energia a ser projetada ocupará uma parte da fazenda da Metaneide na Chapada do Apodi. Este colunista apurou junto a uma fonte do setor energético que a usina será uma espécie de plano piloto, prevendo-se sua ampliação imediata em caso de sucesso do projeto. Mas a mesma fonte assegurou que a chance de insucesso do projeto "é praticamente zero".
Embora não esteja ainda projetada, a Usina Solar do Apodi utilizará painéis fotovoltaicos que serão fornecidos por empresas asiáticas, provavelmente da China, como adiantou o próprio Fernando Cirino, que aposta na geração solar como a matriz energética do futuro próximo.
"É uma energia renovável e limpa do ponto de vista ambiental. Afinal, o Sol tem domicílio aqui no Ceará", justificou Fernando Cirino.
Aproveitamento da área
Ex-presidente da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e também sócio e diretor da Durametal - empresa de metalurgia que, em Maracanaú, produz e exporta rodas e tambores de freio a algumas das maiores fabricantes mundiais de veículos automotores, como a Mercedes Benza -, o empresário Fernando Cirino adquiriu, há dois anos, uma área de terra que pertenceu à Carbomil Mineração.
É lá que o industrial tem planos não somente para a geração de energia solar, o que fará em sociedade com a Endesa, mas também para a produção de frutas e de sementes selecionadas de soja, milho e sorgo, o que será realizado somente quando estiver normalizada a oferta de água em toda a região.
Egídio Serpa - Colunista/DN
FONTE: TV Jaguar
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