Coroas de flores e homenagens póstumas deixaram o plenário da Assembleia Legislativa (AL) apertado. Emocionados, amigos, família e colegas se despediram do deputado estadual Welington Landim (Pros). O parlamentar faleceu ontem de meningite bacteriana após quase dez dias de internação. Landim será enterrado hoje, às 16h, em Brejo Santo, sua cidade natal.
Presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque (Pros) diz que o deputado deve ser lembrado como um político que batalhou pela transposição do rio São Francisco. “O Estado deve muito ao nosso querido irmão Welington Landim”, lembra. “Infelizmente, ele não verá a conclusão da obra”, lamenta o 1º vice-presidente da Casa, Tin Gomes (PHS).
O luto oficial no Estado se estende por três dias, a partir de ontem. As sessões na AL serão retomadas amanhã, mas matérias só entram em pauta na sexta-feira.
Seguido por um ou outro sussurro, o silêncio substituiu o clima de debates na Casa. Nem as intrigas políticas afastaram a presença de antigos aliados. “Mesmo com todas as divergências com o Cid Gomes, Landim era incapaz de proferir sequer uma palavra de indiferença para mim”, recorda Eliane Novais (PSB).
Prefeito de Brejo Santo, o filho de Welington, Guilherme Landim, agradeceu as orações do povo cearense. “Quero nunca decepcionar meu pai. Quero honrar o nome dele.”
Amigo da família de Landim, Camilo Santana (PT) chegou nos últimos momentos do velório. O governador desmarcou reunião com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, em Brasília, para prestar as últimas homenagens ao amigo.
Direitos humanos
O Escritório Frei Tito de Alencar de direitos humanos foi criado na gestão de Welington Landim, que presidiu a AL por duas vezes.
“Ele abraçou a ideia com um entusiamo juvenil. Me disse para levar adiante, que ele ajudaria a viabilizar o projeto”, conta o ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, João Alfredo (Psol). O espaço é hoje referência na luta de direitos humanos.
O último deputado estadual a falecer durante o exercício do mandato foi José Maria Melo (PMDB), em 1993.
Da atual legislatura, com 46 deputados, apenas Fernando Hugo, Carlomano Marques, Zezinho Albuquerque e Manoel Duca estiveram presentes em ambas as situações. Com a vaga aberta, Leonardo Pinheiro (PSD) se efetiva e Sineval Roque (Pros) assume como suplente.
O POVO