'O Shaolin do Sertão': filme cearense ultrapassa os 150 mil espectadores

'O Shaolin do Sertão': filme cearense ultrapassa os 150 mil espectadores
'O Shaolin do Sertão' obteve a melhor média de expectadores por filme.
Filme é exibido em 150 salas em cidades de todas as regiões.



Em quatro dias, o longa metragem cearense "O Shaolin do Sertão" levou 85 mil pessoas aos cinemas neste fim de semana (20 a 23 de outubro) e pulou do décimo para o sexto lugar entre todos os filmes exibidos no país. Desde que estreou no Ceará, o longo acumula mais de 150 mil expectadores.

As informações são da consultoria ComScore, que mede oficialmente os dados do setor. Com mais telas pelo país, "Shaolin" manteve a melhor média por sala de um filme nacional, 572 pessoas.

O longa cearense é responsável por cerca de 50% dos ingressos vendidos no estado desde sua estreia, mesmo concorrendo com obras estrangeiras. O filme é exibido em mais de 150 salas de capitais e interior dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, e nos estados do Norte e Nordeste.

O filme traz de volta o senso de humor cearense inserido num resgate histórico dos desafios de vale-tudo no interior do Ceará. Ambientado em Quixadá nos anos 1980, o longa metragem conta a história de Aluízio Li – Liduíno (Edmilson Filho), um aficionado por artes marciais que vive com a cabeça no mundo das lutas de tanto sonhar e assistir a filmes chineses.

Motivo de chacotas em sua cidade natal, Aluízio Li terá uma grande desafio pela frente quando o lutador aposentado de vale-tudo Toni Tora Pleura (Fábio Goulart) anuncia um "tour" de desafios aos valentões de várias cidades dointerior do Ceará, incluindo Quixadá. Dirigido pelo cineasta Halder Gomes, o mesmo de Cine Holliúdy, “O Shaolin do Sertão” traz frescor e originalidade pra repetir o sucesso através da comédia de ação e aventura em pleno sertão cearense.

“O Shaolin do Sertão é o filme que eu tinha muita vontade de fazer. O momento do filme é a onda do VHS, que revelou novos talentos e gêneros em produções de artes marciais. Tinha muita vontade de retratar daí pra frente outro universo: o momento em que os lutadores profissionais de vale-tudo iam pro interior do Ceará e desafiavam os valentões da cidade, inserindo neste contexto o mundo ilusório, lúdico e fantástico da cabeça dos aficcionados por filmes de luta. Estes eventos mexiam com os brios dos homens das cidades desafiadas. Acabava virando um grande entretenimentodo lugar”, explica Halder Gomes.

Usando suas habilidades no Taekwondo, no qual é mestre 5º grau, Edmilson Filho dá vida a Aluízio Li. “É um personagem inocente, sempre sonhando com grandes batalhas em um universo paralelo. Para interpretá-lo, assisti produções de Hong Kong e filmes chineses de Kung Fu. Eu me identifico muito com Aluízio em relação a esse sonho de ser um grande lutador. É um pouco de mim que está no personagem”, destaca.